sábado, 12 de julho de 2014

O cão que latia "nunca"

Era uma vez um pseudo-pinscher que latia "nunca".
Ele parou na frente de uma escola numa cidade com terra vermelha.
Ele era uma ameaça a todos que passavam perto dessa escola na cidade com terra vermelha.
Chamaram a carrocinha inúmeras vezes.
Mas como se pode viver na cidade com terra vermelha com nossas crianças sofrendo ameaças de um pseudo-pinscher que latia "nunca"?
Apareceu uma protelouca, que teve o azar de ir morar na cidade com terra vermelha.
Capturou a ameaça pseudo-pinscher que latia "nunca".
Xingou os humanos que trabalhavam na escola da cidade com terra vermelha e levou a ameaça para sua casa.
Seu pai o chamou de NEVER.
Você gosta dessa cidade? NEVER
Você gosta de humanos? NEVER
Você gosta de mim? NEVER
Você gosta da comida, da água fresca, da casinha e dos seus amigos caninos que não latem nunca? ... (gosto do Oswaldinho, gosto das garotas, odeio o Ruffus)
Você gostou do leitinho do Michael Jackson no dia da sua castração? ... (adorei)
Você quer voltar pra esse planeta azul miserável mais uma vez? NEVER
Lembre-se de sempre latir NEVER quando algum deus pagão quiser que vc retorne, ok? ... (pode deixar)
Você vai esperar por mim? NEVER!
Te amo mesmo assim!
NEVER!



quinta-feira, 12 de junho de 2014

Brontë, aka Fransolina

Todo mutirão é uma loucura. Sempre tem animal de rua pra capturar e levar pra castrar. Isso, além das tarefas da organização e solução de problemas, que devem ser cumpridas. Nunca tem voluntário suficiente, quando tem as buchas sempre sobram pra mim. Eu queria mudar de nome nesses dias!

Eu vi a cadela no cio, logo que sai do bairro, lá em Tatuhy. Como esse tal senhor, que parecia se importar tanto com os animais, morava bem perto, pediram a ele que a capturasse. A ideia é castrar, o que fazer depois? Isso, como já estava na pergunta, fica pra depois. Deixar uma cadela cruzando enlouquecidamente nas ruas para parir nas mesmas ruas 2 meses depois? Sem chance.

Ele a capturou e levou até o mutirão. Ela foi castrada. Por mais que a gente fale, nunca volta pra rua. Mas, esse senhor, que parecia se importar tanto com os animais, ofereceu sua respectiva casa pra que ela não voltasse pra rua. Aceitamos.

Uma semana depois, ouço barulho de carro velho. Era exatamente esse senhor, que parecia se importar tanto com os animais, com a cadela debaixo do braço. "Ela briga com os meus, se você não ficar vou jogar na rua". Meu ódEo no nível máximo, sangue em ebulição. Alguns anos atrás eu ainda me controlava. Não xinguei. Imaginei a cena, ela na rua, bem em frente à casa dos meus pais. Claro que na frente da casa dele não ia jogar. Claro que eu, imbecil como sempre fui, peguei a coitada. Coloquei com George, o labrabull com distúrbios e potencialmente assassino, e Lela, a que sobrou de outro mutirão, que morava no mercado e tinha tudo pra morrer de cinomose. Não morreu. Se amaram. Por ter conquistado George, chamei-a de Brontë, como no filme com Gérard Depardieu e Andie MacDowell. Meu pai preferiu chamar de Fransolina, em homenagem ao abandonador.



Brontë nunca brigou com outro cão, é inofensiva. Mentiroso!

Mas Brontë esporadicamente tem ataques epiléticos! Vai viver na rua? Vai ser colocada em qualquer canil para que os outros animais a ataquem? George e Lela NUNCA chegaram perto dela durante os ataques. Outros cães atacariam.

Esse senhor, que parecia se importar tanto com os animais, chegou a ir mais umas duas vezes aos mutirões, até eu expulsá-lo de lá. Sim, eu, a sargento, mandei embora. Logo suas intenções ficaram claras. O aumento da divulgação de casos de atrocidades com animais, aliado ao fato de muitas pessoas realmente se importarem com eles, fez surgir uma leva de aproveitadores.

Aquela cara de velhinho coitado, magrinho, esfarrapado, tão franciscano, né? Sempre com o discurso de que ele não podia pegar um animal porque a companheira não deixava. Desmaiando de fome. Dizendo que gastava tudo que tinha com os animais. Digno de um Oscar e todos os demais prêmios.

Vejam, ele saiu do mutirão como o grande salvador dessa cadela. Só que quem terminou com ela fui eu.

Apenas o primeiro passo rumo ao seu grande objetivo, se eleger usando os animais. Sem ajudá-los. Empurrando para os outros, mas saindo como o grande salvador.

Apesar da aprência franciscana, esse senhor, que parecia se importar tanto com os animais, planejou cada detalhe da sua escalada ao poder.

Com meio milhão em dinheiro VIVO no banco, tudo fica mais fácil. Mais fácil ainda quando quem realmente se importa trabalha e se importa com os animais nada quer, além de aliviar o sofrimento deles. Nunca quisemos nada material, nem cargos, nem dinheiro.Voluntários dedicando seu tempo livre, tirando do bolso pra ajudar animais necessitados. Anônimos. Nada, além da satisfação de ter ajudado.

Fato é que Brontë, aka Fransolina, ficou conosco. Está com George e Lela até hoje. Formam o amarelil, canil dos amarelos, aquela cor de vira lata que mais tem nas ruas. Aquela cor que ninguém quer, só perdendo pros de pêlos pretos.

E o tal senhor, que parecia se importar tanto com os animais? Se elegeu, correu de mim numa manhã de sábado numa das praças da cidade. Ouviu todos os termos de baixo calão que eu conheço. Mudou seu projeto utópico pra qualquer porcaria que justificasse algo. Não fez P**** alguma. E agora? Quer ser deputado, ainda explorando os animais.

O que eu quero com essa postagem? Que algumas pessoas saibam a verdade. Pela Brontë, pelos animais que ele empurrou pra dezenas de protetoras. Por todos os machos que morreram à mingua nas ruas, brigando, doentes, porque ele não aceita a castração dos mesmos. Por puro machismo, o mais alto grau de ignorância que um homem pode ter.


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Celebrando Tiragatos!

Quatro anos atrás, 21 de abril de 2010, o feriado de Tiradentes foi alterado para Tiragatos. Hoje, então, celebramos Tiragatos!

Numa cat house, alguns ficam na rede.


Outros preferem locais mais altos.



Temos locais com maior privacidade.


O contato com a Natureza é intenso.


Um banho de sol para diferenciar os felinos de pêlos pretos.


Queremos carinho, atenção e amor.


Troncos para preco-preco, aka afiação de unhas. Humanos chamariam de manicure?



É comigo?


Escrava-humana, te amamos pela comida que vc traz, pela limpeza das caixas, pelas fontes de água corrente, pelas bolinhas e brinquedos e pelas latinhas de ração úmida aos sábados a noite.



Poderia estar em NY ou em Paris, acabei em Tatuhy...